sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Falta de Tempo ou de Disposição?

Uns dias atrás, enquanto me dirigia ao trabalho, não pude deixar de escutar uma conversa - até porque falavam alto - de duas mulheres falarem de seus relacionamentos, uma a falar da indiferença do outro, que não mais a olhava com o mesmo encanto, e aoutra a falar da distância e da indiferença, usando sempre as mesmas justificativas: falta de tempo, correria e excesso de compromissos. Não pude deixar de meditar muito sobre aquilo que ouvi, tanto que demorei, quando finalmente fiz o desembarque na estação que ia, a atinar meu objetivo, de tanto meditar naquela conversa.
Depois, me vieram as indagações...Porque será que as pessoas culpam tanto o tempo e a correria do quotidiano pelos insucessos ou pela ignorância em qualquer coisa? Como sói acontecer, remeti a coisa pra mim. Trabalho num ritmo igual ao da tão decantada correria -´só chego em casa tarde da noite, já quase a ponto de capotar - mas jamais me rendo a esse automatismo; leio, escrevo - tenho uma correspondência manuscrita tão extensa quanto a eletrônica - e, finalmente, depois de externar meus pensamentos tanto em uma coisa quanto em outra, ainda envio poesia e vídeos para meus amigos dentro do Orkut; depois disso, uma excelente noite de sono e uma enorme disposição pra começar mais um dia de trabalho. Então, por que o tempo dessas pessoas é tão curto, se é o mesmo tempo. Então, por que elas se dizem fatigadas e indiferentes com o outro, se nada é mais prazeroso que deslumbrar-se a cada dia com quem amamos, num fazer pleno de descobertas? Será que as pessoas se tornam acabadas e simplesmente finitas? A vida tem seu período, mas o espírito, esse jamais se esgota...
Digo o que digo por conviver com a mais maravilhosa das pessoas, que a cada dia me faz sentir ser o mais afortunado dos homens, pois o deslumbrar-se jamais se esgota ou mesmo se esmaece, daí a razão de me intrigar com a tal conversa, mas depois cheguei à conclusão de que as pessoas ainda querem se deixar enganar com a ilusão da vida lógica e previsível, de coisas dentro do que se espera, quando, na realidade, a grande alegria de viver é sempre se surpreender com o que a vida nos reserva, sempre aprender com o que ela nos presenteia na espontaneidade. Prever é limitar, é podar coisas que podem nos ensinar muito...Assim, em vez de quixar-se do distanciamento e da indiferença, as pessoas devem praticar mais o enorme prazer de deslumbrar-se com o outro, de descobrir o novo no que se pensava já descoberto...Como o título pode sugerir, o grande problema pode ser não a falta de tempo, mas a falta de disposição para aprender o que de melhor a vida pode nos ensinar...

Deus abençoe a todos...

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Retorno

Em primeiro lugar apresento as minhas escusas por tão longa ausência do blog. Na verdade, foram tantas coisas a ajustar, tantos horários a regular(não que seja metódico, apenas um pouco organizado, mas ainda daqueles que "sabe a ordem de sua bagunça")que realmente me ausentei por um tempo. Mas agora volto, e pretendo não deixar mais meus queridos amigos esperando, quanto a novidades e outras coisinhas mais aqui. Não esqueçam que, sempre, mesmo que minhas palavras aqui sejam pequenas(e prometo que elas não deixarão de estar presentes), mas meus pensamentos estarão sempre com meus amigos...Muita coisa vem por aí. Aguardem!!!