sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Aprendizado em forma de verso

Aprendi
Nestes dias
Onde coração e alma
São mais que verdadeiros
Muitos que os vêem
E os sentem
Os usam
E os descartam
Como se de nada valessem
Ou de nada mais fossem
Senão algo
A ser descartado
Onde mesmo que mostres
Coração e alma puros
Vampirizarão a ti
Quando deres teu melhor
Mesmo assim
Conitunuarão amando
Mesmo ressentidos
Mesmo Magoados
Amarão
E mesmmo lutarão
Por quem os magoou
Mesmo que sejam feridos de morte
Como assim o foram
Virarão o rosto
Para o beijo
Ou para
A bofetada
Ou o lanho das unhas
Que doerá mais no coração
E na alma
Que no corpo que sangrará...

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Um dia de sentir

Dia de sentir, dia de perceber o que há em nosso derredor, dia de buscar a magia e o encanto de um dia que, mesmo comum, tem suas novidades; dia de se emocionar, de derramar lágrimas por uma história de amor, mesmo que te chamem de piegas ou de coisa pior...Dia não de enfrentar a vida, mas de vivê-la em plenitude e intensidade. A vida está aí, meus amigos, a arte do encontro, que nem o desencontro que tanto se vê por aí seja capaz de desancá-la; dia de rir, de se divertir, de pintar a cara, e divertir outrem; dia de cantar, seja em qualquer nota, mesmo a menor nota será música ao olhos Dele...
Liberte-se, seja você mesmo, seja a intensidade de voar, de ser mais que o limite, onde se escondem os desafios; pegue e vença um por um, se descubra um ser feliz, pois é a maior dádiva de Deus, a nossa vida; viva-a com luz e verdade, pois tudo o que construístes e construirás será em glória Dele e de suas vidas. Sejam felizes, sempre em sintonia com o positivo, com os eflúvio divinos...

Vida
Teu sinônimo
é sentir-te em mim
Em tua intensa poesia
Vem a mim, de onde estiveres
Pois vais confortar os meus sonhos
Desse coração tão tristonho
Que, da Vida
Intensamente,
Nos faz saber da vivência
De sermos nós...

domingo, 26 de agosto de 2007

Antigas Atualidades

Hoje tive um momento dos mais gratificantes, ao assistir à performance de uma amiga na adpatação da peça "A Cidade e as Serras", do grande Eça de Queirós. Mesmo feita em 1887, esta peça nos remete àquela questão que tanto indago aqui em meus textos: o que uma cidade faz a uma pessoa, ou, mais aplicadamente, o ritmo dessa cidade faz a muitos de nós...No romance de Eça, as serras são instrumento de redenção, que, na realidade, já estava no corpo e na alma de Jacinto, apenas ele não dava ouvidos...As inquietações são a maneira de nossa alma nos instigar a transformar, mesmo a transgredir em nome desta transformação...Se não damos ouvidos a elas, nos deprimimos, nos sentimos as piores pessoas do mundo; de repente, somos levados a fazer coisas que não nos reconhecemos a fazer, numa descida aos infernos que só nos leva à autodestruição; perdemos o senso de beleza, de vida, de intensidade, e nos deixamos levar, não mais nos levamos. É sempre bom dar ouvidos a nossas inquietações, pois elas são o alarme que nos mostra que alguma coisa precisa ser mexida, reinventada, repensada...Assim, os que não podem ir às serras, busquem as serras de si mesmo, dentro de seus corações...Elas, com toda a certeza, estarão lá...


Volto meu coração
Ao verde de onde vim
Das planícies donde, menino
Sonhei conquistar o mundo...
Volto minh'alma
Aos prados e bosques
Donde, menino,
Sonhei ser mágico arqueiro
Numa floresta encantada
Volto meu ser
Às praias calmas donde, menino,
Sonhei conquistar os mares;
Voltei pras minhas terras de sonho
E, sorrindo,
O menino que deixei lá
Ainda, a sorrir, me esperava
E então entendi que, ao sonhar
Era o menino a dizer
No seu eterno sorrir
Que jamais me abandonara...

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Crônica

Em primeiro lugar, peço perdão aos que acompanham este blog, pela ausência do que vos escreve entre o dia de ontem e de hoje. Apenas desacelerei um pouco, até para que as idéias possam fluir livremente, sem a premência de nada...
Como puderam ver, dediquei dois dias à poesia, para que todos sentissem essa linguagem tão maravilhosa dentro de vocês e sentissem profundamente como a alma se comunica, como a alma se expressa...
A poesia, longe de ser algo incompreensível ou mesmo supérfluo,como já ousaram me dizer alguns, é algo imprescindível à alma humana, algo como alimento, que faz elevar, enlevar, embevecer e encantar...Só a poesia faz a alma verdadeiramente trasncender, alçar-se a lugares e tempos jamais imaginados, superar todas as coisas, ou, simplesmente, viver...
Vou dar-lhes alguns exemplos...

Homero era cego, e a idade avançada encurvava o corpo já cansado, mas, ao recitar, ele se agigantava, crescia, tomava a mesma estrutura de seus heróis, fazia todos o ouvirem, e também se imaginarem heróis...

A poesia, nos áureos tempos dos celtas, tinha caráter sagrado, evocativo, conjuradora da natureza e de todas as suas forças, onde druidas e sacerdotisas recitavam em honra dos espiritos do ar , da terra e da água, trazendo a guarda da fé de seus acólitos...

Ninguém recitava tão belamente em Roma quanto Virgílio, e ninguém ergueu um povo em sua magnitude como ele o fez, tornando Roma a mais imortal das cidades, A Cidade Eterna...

Na Idade Média, os bardos e menestréis eram guardiães da esperança, jamais deixando que se desacreditasse o amor, mesmo numa época em que as uniões eram determinadas pelas razões dos senhores, mas eles sempre acendiam a esperança do amor cortês, daquele amor que se alimentava da menor palavra, do menor aceno, em que a honra suprema para um homem de armas era usar as cores de sua dama em sua armadura...

Na Renascença, a poesia era um passaporte para tudo; desde um duelo de armas a uma declaração de amor; a perfeição do verso era comparável à perfeição da pintura ou mesmo da escultura. Dante concebe nesse tempo seu amor puro e ideal por Beatriz, que o faz passar do inferno ao paraíso...

No século das mudanças, a poesia segue, aliada ao teatro, e, de Lope de Vega a Racine, passando por ninguém menos que Moliére, ela se alça aos palcos , sem jamais sair dos corações e das almas; nos salões dos reis e nobres às tavernas e estalagens, a poesia é profundamente amada...

No alvorecer da razão, no apogeu do Iluminismo, a mesma poesia que encanta, que enleva, que embevece, também inflama, insufla, inspira a lutar pelos ideais sagrados de Liberdade , Igualdade e Fraternidade; A poesia que atravessa os oceanos e, em nosso país, inflama os jovens inconfidentes e faz nascer a mais bela história de amor de nossa poesia...Marília de Dirceu

Mesmo no Romantismo, onde o ardor dos corações desperta na voragem das paixões intensas, onde os jovens vêem no termo à vida uma elegia de amor, a poesia, de epitalâmio a epitáfio, vai além, ultrapassa os meandros do acadêmico e se aventura nas ruas nas praças, pois que a praça é do povo, como o céu é do condor!!!

No século da ciência, onde a mente revela seus recantos e os sonhos passam de presságios a diagnósticos, a poesia viaja entre as mesas dos cafés e cabarés e passa a ser mais que objeto de estudo, passa a ser quintessência, onde a métrica e a medida, longe de tirarem-lhe o brilho, dão a ela mais corpo, mais vida...

No mundo moderno, o estrépito da máquina jamais a abala; do contrário, é o mote para fazê-la livre, fazê-la alçar vôos mais altos, onde um jovem sonha em voar, e descobre a poesia dos céus, em sua imensidão infinita; do cosmonauta que, mesmo dita em prosa, sua frase tem a poesia da descoberta: "A Terra é Azul". Às máquina soma-se o computador e a ele a Internet, mas a poesia não morre, se refaz, e se redescobre, se reinventa, para sempre sobreviver, mesmo nestes tempos que dizem que ela é obsoleta e supérflua, pois enquanto houver corações amando e almas em luz, haverá , sempre, POESIA!!!!!

Vem, poesia plena
Vem dspertar meu coração
Vem povoar minh'alma
Vem fazer de mim
Amante devotado
Ser apaixonado
Embevecido de ti
Inebriado de teu fluir intenso
Traz a mim o que há muito eu perdi
Vem poesia,
Vem fazer-me circunavegar o ser
Em mais que tempo e espaço
Vem ser minha guarida
Fazei minhas lágrimas tristes
em penhores de um sentir
Que de tão intenso
Não cabe em mim
Vem poesia
Vem de novo
Me fazer amar!!!

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

A Singeleza das Quadras

NADA DE MIM
É SOMENTE EU
TUDO DE MIM
É TODO INTENSO

NUM DIA FRIO
TOMO TUA MÃO
ME ENTREGO
NO LAÇO DE TEUS DEDOS

NUM DIA DE CALOR
TUAS MÃOS
DESPIRÃO
MINHA NUDEZ POÉTICA

NUM DIA DE OUTONO
TEU CORPO COR
COLORIRÁ MINHA VONTADE
DE TI

NUMA NOITE FRIA
SERÁS MAIS
QUE ACONCHEGO
SERÁS TOTALIDADE

NUMA NOITE QUENTE
SERÁS MAIS QUE TU
SEREI MAIS QUE EU
AMAREMO-NOS

NOS DIAS
NÃO HAVERÁ TEMPO
NEM ESPAÇO
APENAS VONTADES

TU E EU
PALAVRAS
QUE DEINEIAM CORPOS
QUE ESCULPEM ALMAS

ONDE E QUANDO
NOSSAS ALMAS RESPONDEM
NOSSOS CORPOS GRITAM
SOMOS PAÍS AMANTE

MAR
TU
TERRA
EU

MAR ÉS
POIS CORAÇÃO TE FORMA
TERRA SOU
A QUERER TEU CORAÇÃO


A linguagem da alma não precisa de teoreemas, basta que a deixemos expressar-se

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Ainda Poesia

Agora, a simplicidade intensa dos Tankas

NOITE
MEUS ENTRELAÇOS EM TI SÃO ONDAS NO TEU OCEANO

DIA
O CALOR DO SOL É SOBRE OS CAMPOS DE TEU CORPO

TARDE
MEUS DEDOS CAMINHAM CÉLERES NAS TUAS CURVAS

VONTADE
MINHA BOCA SORVE DE TUA FÊMEA FONTE SEM SACIEDADE

ARTE
TUA DANÇA EM MIM FAZ A MÚSICA DE MEU GOZO

CIÊNCIA
OS TEOREMAS DE TI SÃO MENOS QUE TEU TODO

TU
MAIS ESTÁS EM MIM QUE EU EM TI

CORPO
MUNDO TEU ONDE ME ENTREGO AOS ELEMENTOS

ALMA
UNIVERSO TEU DE INCONTÁVEIS ESTRELAS

EU
RIO CAUDALOSO DENTRO DE TUA GEOGRAFIA

NÓS
RIO QUE CORRE AO TEU MAR OCEANO

AMAR
LABIRINTO DE NÓS EM CORPOS E ALMAS


Poesia é o caminho de achar a alma...

domingo, 19 de agosto de 2007

Mais Poesia

Hoje, a magia e a singeleza dos haikais

NOITE
TUAS MÃOS DE CÉU
SÃO ASAS DE MIM

DIA
O SOL DE TI
FAZ-ME AMOR

TARDE
AS MÃOS SÃO AGORA
ARAUTAS DE ALMA

TEMPO
É APENAS O CÉU
DEPOIS DE AMARMOS

CORPO
É PAPEL
ONDE ÉS POESIA

ALMA
CALIGRAFIA DE TI
EM CORAÇÃO VIVO

IDEOGRAMA
TU EM INTENSIDADE
GRAVADA EM MIM

CHANOYU
TUA ÁGUA
TEU CHÁ

CHANOYU
MINHA ÁGUA
NOSSO CHÁ

CHANOYU
MINHAS ÁGUAS
EM TEU CHÁ

IKEBANA
ONDE TU, FLOR
ENLAÇAS MEU ARRANJO

KANJI
MAGIA DE TI
GRAFADA EM MIM

HIRAGANA
TUA MAGIA ETERNA
POESIA DE MIM

KATAKANA
PALAVRA VIVA
DE TUA INTENSIDADE

A LINGUAGEM DA ALMA NOS FAZ VOAR LONGE...

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Poesia

A poesia toma seu lugar neste dia, e deixa uma mensagem...

O QUE SOMOS NÓS
SENÃO BUSCADORES DA PERFEIÇÃO
MESMO SABENDO
QUE NUMA ÚNICA VIDA
JAMAIS A ALCANÇAREMOS?
O QUE SOMOS NÓS
SENÃO BUSCADORES DO BELO
MAS SEM SABER QUE O BELO
RESIDE ALÉM DO QUE DIVISAMOS NOS OLHOS?
O QUE SOMOS NÓS
SENÃO CAÇADORES DO PRAZEROSO
SEM SEQUER ATINAR
QUE O VERDADEIRO PRAZER É ALEM DOS SENTIDOS
QUE SOMOS NÓS
SENÃO OS QUE PROCURAM PELO GÁUDIO
MAS SEM SEQUER IMAGINAR
QUE MAIOR GÁUDIO
É CELEBRAR A VIDA!!!

Para pensar, refletir e viver, principalmente...

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

O que é verdadeiramente viver?

Dirijo neste momento uma indagação assaz pertinente a todos: O que é verdadeiramente viver? O que é exercer essa maravilhosa dádiva de Deus, dada em um momento de mais puro amor? e, mais importante, o que nós mais queremos dela?
Muitos repsonderão que querem uma vida "sem surpresas", onde as coisas se sucedam como previsto, sem repentinas mudanças ou guinadas; apenas sentir que um dia vai amanhecer, anoitecer, amanhecer de novo e novamente anoitecer, sem nada que acrescente. Isso é viver? Não, isso é repetir-se, numa seqüência onde, dentro de certo tempo, se vai perceber que a vida passou e não se viveu...Outros preferem viver no comodismo e no conformismo, sempre no "tudo bem", se acostumando a tudo, jamais se rebelando ou sequer se inquietando, achando que a conformação e a passividade a protegem de todos os "imprevistos"...Isso é viver? Isso é apenas se deixar levar pelos ventos, sem ter de verdade direção alguma. Quantas vidas foram construídas assim? Quantos casamentos estão "funcionando" corretamente, apenas porque se mergulhou em um conformismo sem paralelo, em que o medo de viver adiante só não é maior do que perder "O que se construiu"...pena que se construiu em areia, e que a areia, como se sabe, jamais foi um bom alicerce...
Sei que se vai perguntar: "então, o que é viver?" Eu digo: viver é exercer a plenitude do que se é, sem se preocupar com o pensar do outro ou a menor de suas opiniões;viver é jamais desistir de aprender, por que se chegou o momento em que "aos jovens cabem mais as idéias". Nada disso! Todas as idades e momentos tem sua chama vital, e é essa chama que devemos sempre cultivar, a chama do espírito humano, Jamais se sinta "velho demais", ou "novo demais", apenas diga pa você mesmo, essa frase: "Confesso que Vivi", e Ouse Viver e, mais importante, OUSE CONHECER!!!

Na Vida
Somos tempo
Somos espaço
Somos variáveis
Mas mais que ciência
Somos
Inteira e Profundamente
Arte...

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Até Quando?

Me junto, em dor e oração, às famílias das jovens Tamirys e Jamilly, assassinadas aqui na cidade de São Paulo. Como sói acontecer, todos procurarão culpados e causas, investigarão os crimes, podendo até prender os culpados. Mas fica uma pergunta que não quer calar, ou melhor, duas. Até que ponto as autoridades irão ignorar tal estado de coisas? Se tanto se fala em segurança, o que se faz de verdade? Na realidade, pouco se faz, num jogo de empurra-empurra, o governo simplesmente faz ouvidos moucos frente a essa situação, se é que ainda faz alguma coisa; o pior de tudo é que, depois de sepultadas as vítimas , chorado o pranto, as coisas se banalizam, e essas jovens, que tinham tantos sonhos, tanta vontade de viver, serão mais um ponto percentual em uma estatística sempre crescente de violência, e, ainda pior, tais crimes viram uma banalização que se soma à constante inversão de valores em nosso país, onde crimes maiores viram pizza e crimes tais como os dessas duas jovens, caem inexoravelmente na banalidade, como se a morte delas fosse uma simples ocorrência comum, sem mais pasmar ou estarrecer ninguém. Anestesiamos o nosso cérebro para tais coisas, e, quando chegamos em casa, dentro do conforto dos lares, é fácil protestar, se indignar, mas tais coisas são vazios dentro de uma sociedade que fleumatiza e banaliza tudo, sem considerar que, nessa banalização, anestesiamos nossa vontade por mudanças, nossa indignação... Como diriam os irmãos Marcos e Paulo Sérgio Valle, de que vale "falar de morro, morando de frente pro mar"...Não deixemos que isso aconteça. Jamais deixemos de nos indignar diante de tais coisas, pois a indignação leva à ruptura, e esta leva a transformação, para que a morte dessas duas jovens não seja vã, e não seja lembrada apenas como mais uma estatística de mortes. Indignem-se todos, e clamem por mudanças...

Meus olhos
São agora luto
De duas jovens
Que tantas vontades tiveram e viveram
Agora estão na luz
Acolhe-as na luz de tua face
Em plenitude divina
E aplaca a dor
Dos entes que ficam
Que o Amor de deus seja
O bálsamo dos doidos corações

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Lembranças

Quem, em seu mais íntimo e recôndito, não tem suas lembranças? quem não tem seu "Caderninho de Recordações", em que rememora, nos momentos de maior recolhimento, essas imagens e esses sons que ficam marcados pra sempre? Nos nossos dias, talvez essa prática não seja das mais usuais, pois tudo que entra em "obsolescência", passa a ser "velho", e como se quer estar sempre "na moda", ou "antenado", certas coisas são relegadas a trastes, coisas sem sentido, jogadas num canto qualquer de nossos pensamentos.
Mas como é prazeroso nos descobrirmos esquadrinhando tais momentos! É como se "lavássemos a alma" das vicissitudes do dia, nos vendo novamente crianças, nas descobertas, nos sorrisos divertidos, nas palavras aprendidas, nos gestos ensaiados, que eram a nossa forma de dizer que éramos, acima de tudo, sonhadores...As canções que cantávamos e que cantavam pra gente. Lembro que meu avô cantava pra mim a "Canção do Expedicionário", e eu já me imaginava ao lado dele, marchando junto, para os campos de batalha da Itália, e lembrava de suas histórias e me enchia de coragem, nas minhas brincadeiras imitando-o, atacando um grupo imaginário de alemães, e um morrinho perto de minha casa passava a ser Monte Castelo, e hasteávamos a bandeira lá, e o "general Fretter Picco", me entregava a pistola. Coisas de criança solta...
Mas são essas lembranças que alimentam nossa alma e confortam nosso coração cansado, e são conselheiras na hora em que mais precisamos de um alento, a nos conduzir vida afora...Jamais maculem-nas ou matem-nas, pois elas são parte de nosso coração e de nossa alma...

"HOJE, ADULTO
DEVO MUITO A MEU SER CRIANÇA
LEMBRANÇA QUE ME FAZ NASCER DE NOVO
A CADA VEZ QUE MEU CORAÇÃO SOFRE
A CRIANÇA EM MIM ME TOMA PELO BRAÇO
ME ACARICIA A CABEÇA
E ME SORRI
ME APONTANDO O SOL..."

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Dia de aula

Hoje, dia de aula de inglês e espanhol. Inglês, para um único aluno... espanhol para uma turma de adolescentes, que mais estavam difíceis do que interessados. Mas dá pra ver uma coisa neles que faz com que valha a pena o esforço; por mais que se veja a inquietude do coração deles, também há a busca por um caminho, por uma identidade, por uma direção; muitas vezes esse caminho é tortuoso, passando por escapismos fáceis, como as drogas ou o álcool. Será que não ocoreu a ninguém que esse jovem que procura a droga ou o álcool os use pra suplantar um vazio que desde tempos se instalou? Será que apenas proibir, ou, como no caso de um politico, recentemente, descriminalizar as drogas, vai ajudar a preencher ese vazio?Por isso minha opinião é a de que todas as pesssoas querem ser salvas apenas tem de saber estender as mãos, que sempre estará uma mão amiga esperando pra te ajudar a se erguer...Por mais que esse vazio exista, não deixe que ele te domine ...Veja o exemplo dos que se deixaram levar por ele e escaparam...Por isso que acho sempre valer o esforço dos que, direta ou indiretamente, contribuam pro nosso aprendizado...Assim como nos tornamos pessoas melhores quando conversamos com Deus e por ele nós somos agraciados, peço a vocês que se unam comigo numa corrente de positivo, a contar de agora...


TEUS OLHOS DE JOVEM
VÊEM O MUNDO
ALÉM DO HORIZONTE;
TEU ESPÍITO,INDOMÁVEL, BUSCA NOVOS MUNDOS
TUA ALMA ANSEIA POR MAIS VIDA
ENQUANTO O TEMPO
NÃO TE CHAMA
CHAMAS OS ELEMENTOS
NA TEMPESTADE DE TEU SER

domingo, 12 de agosto de 2007

Pai

Uma palavra de uma única sílaba, mas de uma força e de uma profundidade capaz de mover mundos, pois qual o pai que, por seus filhos, não verte suas últimas forças, ao extremo de si, pela felicidade deles? Mas, mesmo assim, já vi alguns que acham que ser pai é carregar uma cruz, ou mesmo um fardo, e fogem dessa responsabilidade...Néscios!Tolos! Ser pai é mais que gerar, mais que fazer uma vida...é ser côsncio da importância de aprender e conduzir um apendizado, onde Pai e Filho seguem a estrada do constante construir, desde a importante amizade entre eles ao respeito mútuo, passando pelo companheirismo e pela admiração mútua. Isso mesmo, admiração mútua! Não é o fato de ser pai que te torna incontestável ou dono da verdade; muito pelo contrário, é o momento de ensinar aos filhos que sempre se deve buscar a verdade, mas que ela é sempre o prêmio dos sinceros; sempre estar preparado para fazer do aprendizado a maior declaração de amor que um pai pode dar a um filho, longe do orgulho e do preonceito.
Assim é a vida de um pai. Muitos, hoje, confundem amor com provimento; provém os filhos de todas as coisas boas, mas não os provém do mais importante o amor e a proximidade, a proximidade do abraço, da conversa franca, da atitude de cumplicidade com pos filhos; é sempre o "estou cansado do trabalho, vou tomar banho e deitar". Isso é a mais esfarrapada das desculpas pra justificar uma única coisa: não se pode dar o que não se tem...daí o extremo vazio que se vê em nossos jovens, vazio que os leva a escapismos como drogas e tantas outras coisas...
Reflitam, pais e candidatos a pais, pensem em quantas vezes não abraçaram seus filhos, ou sequer lhes deram um beijo, ou simplesmente um pouco de atenção, nem que seja por uns minutos; garanto que não vai doer nem seus dedos nem sua espinha. Os índios nos transmitem uma lição interessante sobre a paternidade: quando falam com as crianças, os pais índios se colocam na altura delas, para que os olhos de um e de outro estejam iguais, pois é assim que eles vêem o ato de ser pai...Uma relação de igual pra igual, em que ambos aprendem, especialmente respeito e dedicação, além de um amor incondicional. E eu pergunto...Quem é primitivo, então? Deus, em Sua infinita bondade, sacrificou Seu próprio filho para salvar a humanidade...Pensem e reflitam...

MEU PAI
MESMO DISTANTE
TE DEDICO ESTAS LINHAS
MESMO QUE NÃO ME VISTE CRESCER
MESMO QUE EU NÃO TENHA
TE VISTO ENVELHECER
MESMO ASSIM
NOSSAS ESSÊNCIAS
CAMINHARAM JUNTAS
POIS TENS DE MIM
O QUE TENHO DE TI
SEMPRE ASSIM SERÁ
POIS SOMOS
PAI E FILHO...

sábado, 11 de agosto de 2007

Escrever

Estamos na era do email, onde as informações circulam no chamado "tempo real", tão importante para as nossas comunicações e para os negócios, informações que circulam a cada nanossegundo, medida tal que faz a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma operação de negócios, tal a magnitude do tempo que nos impera...
Mas, e nós? Onde ficamos nesse "tempo real"?Onde ficamos na estrutura dessa tecnologia?
Lembrei-me, então, do tempo em que curtíamos a ansiedade gostosa da chegada do carteiro, com aquele envelope branco, ou o colorido de via aérea, com selos maravilhosos, que logo viravam peças de coleção nas mãos dos que mais se interessvam...Cartas eram lidas, relidas, tocadas, dobradas, redobradas até ficarem amarelecidas, e eram tesouros inalienáveis..Tenho um amigo que coleciona todas as cartas trocadas pelos bisavós, avós e pais, desde a juventude até quando se casaram, e esse tesouro, pra ele, é inalienável e não tem preço. "É u'a maneira de sentir o espírito deles", afirma. Faço coro às palavras dele. sintam um trecho de uma delas, escrita pelo bisavô materno dele,à bisavó:
"Cara Lúcia
É-me difícil neste somenos, e em circunstância tal, dizer-te o quanto falta me fazes. Como eu não te amaria? Aqui, nesta terra de frio invernal, o calor de tuas palavras é o que me aquece o coração. Meu caminho sigo aqui, pelo amor de ti. Não vejo a hora de virem as férias e poder retornar, ver teu sorriso, afagar tuas mãos e estar perto, para que eu te beije com amor. Flarei a teus pais assim que chegar. Não agüento esperar mais, meu amor...Quero mais do que nunca ser teu, e de mais ninguém..."
Imagine-se esperando ansiosamente por esta carta, dia após dia, e, quando finakmente ela chega, todas as emoções reprimidas pela ansiedade explodem, a felicidade a cada linha lida, e, depois, aquele silêncio meditativo, a carta quase aos lábios, como que estivéssemos a abraçar a pessoa...Será que o email matou isso em vocês? Reflitam um pouco, e escrevam sem teclar, sentindo o deslizar da pena , da caneta ou do lápis sobre o papel, e deixe a alma se libertar...

CADA LETRA QUE DELINEIO
É MINHA VONTADE DE TOCAR-TE
CADA FRASE A DESLIZAR NO PAPEL
É VALSA APAIXONADA QUE DANÇAMOS
CADA VOLUTA DE CADA LETRA
É A ARTE DE MIM A BUSCAR-TE
EM LITERATAS VONTADES
EM APAIXONADOS DESEJOS
EM POETICOS QUERERES
MAIS QUE TUDO
ÉS
MUSA...

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Música, essa imortal

Em primeiro lugar, quero pedir perdão pela ausência de minha mensagem ontem. Me recolhi aos meus pensamentos, mergulhei em mim...e quem vem me puxar pela mão, a me fazer evolar de meu auto-exílio? A música, essa imortal que se converte em tudo, desde carícia a gozo, desde intensidade a ternura, abrindo todas as minhas portas...Num ímpeto maior que eu, me vieram à mente cenas de um filme há muito visto, mas jamais esquecido..."O Violino Vermelho", onde as paixões, a pureza, a luxúria, a vontade de viver e a arte se irmanam, se misturam, se ligam numa única peça, a atravesar três séculos, três continentes, cinco línguas, tantas pessoas tão diversas e, ao mesmo tempo, tão iguais...Da genialidade e do sonho de um homem, da pureza de um menino, da intensa e luxuriosa vontade de viver de um músico, até seu desfecho moderno...Tudo numa girândola onde a imortal música é o verdadeiro personagem, substância pura no cadinho de almas e vontades que o instrumento percorre, sem freio,barreira ou óbice sequer...
As cenas, em meu pensar, passam céleres, mas , ao mesmo tempo, marcantes...Parece que consigo ter nas mãos a vontade e o sonho de Niccoló Bussotti, a pureza e a ternura de Kaspar Weiss, a intensa luxúria de Pope...Tais sensações passam por mim, como rios ora caudalosos ora calmos, numa sucessão de luzes e cores sem par, sem igual, e compreendo, então, que são as almas que a música resgata...Me deixo levar por essa onda de emoções tão fortes, me deixo arrastar por esses rios, até chegar a uma enseada abrigada, ou talvez ao mar revolto...qualquer um dos dois destinos, sei que meu coração, nave de velas rubras e de leme acurado, sempre me levará a mares e oceanos que, se eu não conhecia, conhecerei...
Deixo-vos a pensar nessa música da alma, nesses oceanos de emoções, e que sintam as notas de u'a melodia se fazerem velas, a intensidade d'alma fazer-se bojo, e nossa vontade se fizer de curso, e nos leve ao mais intenso de nós...


"NO SONHO DE UM ARTISTA
NA PUREZA DE UM MENINO
NA VONTADE DE VIVER DE UM HOMEM E SUA ARTE
TE FIZESTE IMORTAL
TU MÚSICA DE ACORDES INTENSOS
COMO CAUDALOSO RIO
ME CONDUZES
A BUSCAR MEU CORAÇÃO
QUE É SINÔNIMO DE TI..."

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Primeira Impressão

Numa conversa informal durante o almoço, perto de onde eu estava, duas pessoas discutiam sobre a primeira impressão em um encontro...Isso me levou a refletir sobe essa premissa, tão importante em nosso mundo e em nosso tempo, do "A Primeira Impressão é a que fica".Reflitamos porém, até que ponto essa impressão pode ser levada a sério? Até que ponto, em nome da "primeira impressão", nos blocamos de conhecer mais a fundo a essência de uma pessoa? Até que ponto, em nome dos "padrões", impostos por uma sociedade cada vez mais cruelmente perfeccionista,que privilegia a aparência em função da essência, ignoramos a real personalidade de um indivíduo? Há muito deixei de ser escravo dessa primeira impressão, e, mesmo, me ponho nos olhos da pessoa que vou conhecer ou estou conhecendo, para sentir sua energia , suas amplitudes, ou mesmo seu retrato interior, que este é o que realmente vale. Lembro que minha avó costumava me dizer que "a beleza se esvai, e a alma permanece..." O que é melhor, sentir a superficialidade da aparência ou a eternidade da alma? O que me faz lamentar é que tantos escolhem a primeira, que não sabem o que perdem ao deixar a segunda de lado...
Lembro de uma frase de Benjamin Franklin, em umm excerto seu chamado "Conselhos a Um Moço", onde ele dizia que "os olhos são companheiros do néscio, que apenas tem a luz fugaz dos vaga-lumes como guia; os olhos do mais sábio têm a luz da Lua, que sempre brilha; jamais se iluda com a beleza, pois a verdadeira está na maturidade"...Acho que não tenho mais nada a acrescentar. Muitos até me considerarão um Catão, à antiga, a invectivar o retorno aos velhos modos romanos, mas não; o que realmente busco é um resgate de valores verdadeiros, não a Meca barata do consumismo, um falso perfeccionismo, mas a volta de valores puramente humanistas, que façam com que sejamos mais que simples estatísticas, sejamos pessoas, pessoas com vontade de viver!!!

"Ah, que minhas palavras saudosas
São mais que simples latitudes
e longitudes de mim
São clamores de coração e alma
Buscando o conforto de teu corpo
A luz de tua alma
e a chama de teu coração"

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Saudades das Trilhas da Escola

Me lembrei hoje das pessoas que, de uma forma inesquecível, fizeram parte de minha vida, mas que, por uma razão ou outra, deixamos de falar ou de ver por algum tempo...Me lembrei de meus colegas de escola, dos momentos de brincadeiras, quando esquecíamos o tempo passar e nos focávamos no agora, naquele agora...Não havia planos, sequer vontades..apenas sonhos, em que navegávamos e viajávamos...Pensei neles com bastante carinho, e no íntimo rezei para, onde quer que estivessem, a mão de Deus os guiasse...Muitos eu reencontrei, depois de algum tempo, mas para breves palavras entrecortadas pela velha frase "não tenho tempo agora"...Que pena!!! Como eu gostaria de sentar um pouco, por o papo em dia, trocar novidads, mas as pessoas estão sempre com pressa...Minha homenagem é pra vocês, que de uma forma ou de outra privei da amizade, da companhia, do entendimento...As almas e o que de mais belo existe em vocês estará sempre em minha lembrança...Salve a todos os amigos, pois a amizade é o mais incalculável dos tesouros...Pra vocês pensarem, a letra da música , cantada por Elis Regina, de Milton Nascimento, "Morro Velho"

Morro Velho(Milton Nascimento)

No sertão da minha terra

fazenda é o camarada que ao chão se deu

fez a obrigação com força

parece até que aquilo tudo ali é seu

só poder sentar no morro

e ver tudo verdinho, lindo a crescer

orgulhoso camarada de viola em vez de enxada



Filho do branco e do preto

correndo pela estrada atrás de passarinho

pela plantação adentro

crescendo os dois meninos, sempre pequeninos

peixe bom dá no riacho

de água tão limpinha, dá pro fundo ver

orgulhoso camarada conta história pra moçada



Filho do sinhô vai embora

tempo de estudos na cidade grande

parte, tem os olhos tristes

deixando o companheiro na estação distante

"não se esqueça amigo, eu vou voltar"

Some longe o trenzinho ao deus-dará

Quando volta já é outro

trouxe até sinhá-mocinha para apresentar

linda como a luz da lua

que em lugar nenhum rebrilha como lá

já tem nome de doutor

e agora na fazenda é quem vai mandar

e seu velho camarada já não brinca, mas trabalha

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Tudo é Vontade de Viver

O título desta mensagem pode até soar, a alguns ouvidos, um pouco estranho, mas o que quero me remeter, nestas palavras, é a extrema ânsia e paixão de alguns pela vida, e o mas completo descaso dela por outros. O que leva uma pessoa, na plenitude de sua vida, a simplesmente jogar dados com ela, num ritmo frenético de autodestruição? O que leva outras a, sempre, viverem apaixonadamente suas vidas? Vejo tantas a sentir a plenitude de si próprias, e outras tantas a desperdiçarem este tão precioso tesouro que é o ato de viver...
Muitas das coisas que nos rodeiam, mesmo são inspirações, como a música, a poesia, a dança...Alguns dirão que nada disso os enternece, nada disso os emociona...Pergunto eu: onde está a sua vida, afinal?Onde está o teu coração e tua alma, que, ao invés de evolarem e te trazerem o sonho, te trazem apenas maus augúrios?
Deixe que teu coração e alma sintam a música e a intensidade da vida, em tudo o que ela tiver de melhor...Deixe tuas angustias da faina exatamente aonde elas devem estar...No trabalho, não em tua casa..Tua casa é o lugar onde amas, sentes e vives...Nada de plúmbeo ou pardacento deve adentrar teu recinto... Dentro dele, apenas as alvíssaras da maravilha que é viver...
Faça assim, e viva bem melhor!!!

"Olha nos meus olhos
Esquece o que passou
Aqui, neste momento
Desejo e Sentimento
Sou o teu Poeta
Eu sou o teu cantor
Desejo e Fantasia
Em plena Harmonia
Eu sou teu homem
Sou teu pai
Teu Filho
Sou aquele que te tem amor
Vem comigo
Minha amada amiga
Seja tudo sempre como é...
Em tudo o que se quer....

sábado, 4 de agosto de 2007

Do Amor e das Atitutdes

Ontem juntei minhas palavras a celebrar o amor de uma amiga especial que, mesmo depois de tanto tempo, voltou a viver seu grande amor com toda a plenitude, e jamais, em tempo algum, mesmo com outras pessoas em sua vida, jamais o havia esquecido...
Mas, continuando a falar de amor, lanço outra pergunta ao ar. O que você faria, ou até onde você iria, por um amor de verdade? Sei que essa pergunta já foi feita a muitos, e muitos ficaram com a mesma expressão de vazio dentro de si, como se aquilo fosse uma pergunta difícil de responder como o enigma da esfinge.
O que levou-me a uma história que sempre me acompanha, e vou contá-la da forma mais sucinta que puder; a história de um homem que tinha tudo o que ele poderia, mas deixou tudo isto para viver uma verdadeira história de amor, a grande história de amor do século passado...
Década de 30. O mundo se transformava rápido, com a tecnologia e a ciência dando novos rumos ao homem. O poder dos impérios ainda se fazia perdurar, e nenhum poder era maior do que o do império onde "O sol nunca se punha", o império de Sua Majestade Britânica...
Tudo isto esperava o jovem Edward Albert. Na juventude, vivera todo tipo de aventura, desde viagens a terras longínquas aos perigos da Guerra de Trincheiras, na cruenta e selvagem I Guerra Mundial. Não tinha medo, e era sempre um protetor de seu irmão mais jovem, George Albert. Seu charme cativava as mulheres por onde passasse, atraindo as atenções dos jornais e das rádios, sempre a comentar a "vida boêmia" do príncipe herdeiro, uma vida que passava às margens da responsabilidade...
Um dia, porém, algo muda sua vida. Numa festa em que costumava freqüentar, encontrou um olhar forte, iluminado, vivaz, que fez com que ele, antes descuidado, ficasse cuidadoso; antes descompromissado, quisesse jamais separar-se daquele momento...e o amor nasce, no que os franceses chamariam coup de foudre, o amor do relâmpago, do brilho, da intensidade no único momento...Wallis Simpson era seu nome, e era tudo que ele queria saber...Ela simplesmente se apaixonara, e ele também...
Mas haviam regras...Um príncipe herdeiro não poderia se casar com uma divorciada, ou plebéia, além do que ela era americana, um tipo de sociedade que os ingleses, quando não toleravam, simplesmente desprezavam. Ele , contudo, permaneceu irredutível.
Um dia, o velho rei, pai de Edward, cuja personalidade conduzira o país nos duros anos da Grande Guerra, falecera. Agora, as rédeas do país estavam nas mãos de Edward, agora rei Edward VIII. Mas ele não queria renunciar ao seu amor, nem à sua ânsia de ser feliz. Propôs que ele e ela fizesem um casamento morganático, em que, caso tivessem filhos, eles nãpo teriam direito ao trono, e ele seria sucedido pelo irmão. Após muitas contramarchas, o Parlamento apresentou um ultimato: ou o trono ou a senhora Simpson...
Foi uma noite em claro. Depois de muito pensar, de muito divagar, na manhã seguinte os ingleses ouviriam o que seria a sua última declaração como Rei:
"Vocês devem acreditar em mim, quando lhes digo que seria impossível desempenhar meus deveres como Rei, sem ter a meu lado a figura da mulher que amo. Peço o vosso perdão por tudo e desejo ao novo rei, meu irmão, iluminação e sabedoria para governar com justiça e equilíbrio. Viva o Rei Jorge e Viva a Inglaterra!
Ele, então, foi para a França , onde ela já o esperava. e assim começou a mais bela história de amor do século passado, quando um homem, possuidor do maior império conhecido, tomou a atitude de renunciar a tudo isso pela mulher que amava. Viveram juntos até a morte dele, em 1972, e, depois disso, ela, que era famosa como grande anfitriã, recolheu-se a uma vida reservada, e jamais foi vista em público, até sua morte, em 1986. Respitando a sua última vontade, a família real permitiu que ela fosse enterrada ao lado dele, em Frogmore, no Castelo de Windsor, onde estão até hoje.
Lanço então, depois dessa história, uma pergunta para reflexão: qual a atitude mais importante a tomar por quem se ama?...Reflitam.


Numa terra
Em que reinava
Um Rei de coração puro
Um dia conheceu o amor
MAs nada do que fizesse
Mesmo o que quer que fosse
A fazia aceitada
Um dia, de plena voz
Disse de sua dor atroz
Que jamais seria rei
Longe da mulher amada
Deixou tudo pra trás
Buscando seu amor
Pra jamais se apartar
De sua amada eternidade...

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

CELEBRAÇÃO DE UM AMOR

Neste dia, faço a celebração de uma coisa que, todos os dias, me leva a sempre crer mais e mais na luz do ser humano, mesmo em toda a opacidade e falta de sentimento que vemos nesse mundo. Celebro hoje uma amiga especial que, depois de tanto lutar para jamais deixar morrer o seu amor, hoje tem a oportunidade de vivê-lo livremente, sem mais amarras opressivas ou obstáculos...
Era um tempo diferente. Um tempo de convenções, mais que de comportamentos verdadeiros. Um relacionamento afetivo era mais uma manobra de ascensão social do que o enlace de um amor sólido. Assim ela, mocinha ainda, se apaixona pelo rapaz de hábitos vivazes e com um brilho todo especial nos olhos. Mas, como eu disse, eram outros tempos, e o fato de serem primos-irmãos colocou a relação deles como tabu...Separados e sofrendo, seguem caminhos diferentes, casamentos diferentes, e a vida os levou a grandes distâncias. Ela criou os enteados, a filha, deu o seu amor ao homem com quem ela viveu toda a vida, e, depois da morte deste, um dia, resolveu retomar a vida que pasava por ela, e conheceu um outro homem, o qual, vindo de um mar de decepções, conheceu com ela a felicidade, e as palavras dela foram a chama que o impulsionou a reconquistar sua vida...Mas a vida segue em frente, e cada um seguiu seu caminho...
Mesmo assim, ela , dentro de si, jamais deixou morrer aquele amor de menina, jamais deixou que seu coração apagasse a figura daquele rapaz de olhos vivazes e de essência pura, que a cativara há tanto tempo...Ele enviuva, e, depois, eles se reaproximam e descobrem que jamais deixaram de se amar, mesmo depois de trinta e cinco anos, mas seus corações jamais morreram um para o outro...
Ouvi essa narrativa com uma expressão emocionada, e é nessa emoção que faço minha homenagem a eles..Hoje, devem estar viajando por aí , vivendo a intensidade desse amor, que, tnho certeza, é todo deles por direito de conquista...
Vive teu amor, minha amiga. Nas lágrimas de emoção que verto agora, a minha grande homenagem e os meus mais sinceros votos de felicidade...
Mais uma vez, exorto aqueles que porventura lerem estas palavras, que não percam mais um minuto sequer...
Simplesmente...
AMEM E JAMAIS DEIXEM MORRER O SEU AMOR!!!

"Eu amei
E amei, ai de mim, muito mais
Do que devia amar
E chorei
Chorei tanto que um dia pensei
Em me deseperar
Foi então
Que da minha infinita tristeza
Aconteceu você
Encontrei
Em você a razão de viver
E de amar em paz
E não sofrer mais
Nunca mais
Pois o amor
É a coisa mais triste
Quando se desfaz...
Ahh! Não me diga Adeus..."

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Somos o que pensamos

Ontem, na minha visita semanal ao centro espírita o qual freqüento, vi uma frase escrita num papel, que me chmou profundamente a atenção. A frase era esta: SOMOS O QUE PENSAMOS.Imediatamente me remeti ao que havia escrito no dia anterior , sobre o palpável e o sensível, que não pude disfarçar o espanto; então, fiquei a pensar naquela pequena, porém tão importante frase...
Se olharmos bem para nós mesmos, veremos, verdadeiramente , um retrato dos nossos pensamentos. Se pensamos o mal, vivemos com este mal, intrínseco em nós, porque trazemo-lo em nossa mente. Se, porém, pensarmos o bem, as asas do bem nos abrigarão, tal qual ave que abriga suas crias dos elementos. Pensei nas vezes em que me desesperei, e vi este desespero materializar-se, pelo simples fato de eu o ter invocado.
Saí de lá com uma certeza: de ser uma pessoa que toma em todos os aspectos o pensar do bem, de não desejar sequer mal de quem assim te deseja, pois tudo o que desejamos volta em dobro, e nos exaure as forças, nos exaure a alma...
Sei que, em muitos corações e almas, tal tarefa se apresenta difícil, se não para muitos impossível, em sua maneira de acreditar; mesmo assim, lancemos um olhar no outro, e, se sentirmos no outro a ausência da luz, dividamo-la com ele para que, assim, sempre haja um pouco de luz a mais, e, de pouco em pouco, a luz encha a terra...

"Se fazes o mal, o mal te segue como o esmagar da roda do carro segue o esmagar da pata do boi; mas, se o bem fazes, o bem te segue como a tua indefectível sombra"
(Antigo Provérbio Indiano)

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Entre o Palpável e o Sensível

"Por que me viste, Tomé, creste; bem-aventurados aqueles que não viram e creram"(Jo 20, 29)

Neste simples versículo, está o grande embate da civilização. Situar-se entre a noção cartesiana do que se pode medir, mensurar, tocar, e aquilo que não se pode, que se pode apenas sentir, intuir; sabemos que lá está, mas não há como descrever ou mesmo ter palpite acerca; Muitos vão afirmar que só acreditarão, como Tomé, naquilo que puderem estabelecer uma dimensão, ou mesmo uma forma. E a fé, como fica nesse dilema? Como ela poderá sobreviver se for sempre confrontada com o "ver e crer"? Não que eu não entenda esse ponto de vista; fomos tão dilapidados e vilipendiados em nossa confiança que, pasmem, quase chegamos a exigir "prova e contra-prova" das coisas que vivenciamos. Passamos a ser cartesianos, mesmo que não saibamos a exata extensão do significado dessa palavra.
Não pensem que, ao falar isso, eu despreze a busca pelo conforto, pela felicidade das coisas. É natural do gênero humano buscar o conforto das coisas conquistadas, da felicidade oriunda da realização dos "sonhos de consumo". Mas tal não deve se guiar pela vaidade nem se pautar no abssessivo, pois, s isso sucede, onde irá o que se acredita, para onde irá a fé? É isso que os convido a refletir, pois, num mundo cada vez mais materializado, onde a crença no palpável se faz cada vez mais forte, onde haverá lugar para o sensível? Onde haverá lugar para o que se sente, ao invés do que se vê? O mais terrível é que grande parte dessas pessoas se considera cristã...Acho que, antes de dizerem isso, devem prestar atenção na frase que está acima deste texto, e refletir profundamente sobre ela...Deixo, também, outra frase, que é um retrato perfeito do caminho que grande parte das pessoas segue...reflitam, sempre...

"De que adianta conquistar o mundo inteiro, e perder a própria alma?"